A bioestrutura ou estrutura grumosa da superfície do solo forma-se pelo agrupamento de agregados primários, formados por atração eletroquímica, por substâncias húmicas e “cola” bacteriana. Consegue sua estabilidade à água especialmente por hifas de fungos e actinomicetos, que se nutrem da “cola” bacteriana.
Portanto, a bioestrutura é temporária e necessita de renovação periódica. Essa renovação se faz pela incorporação superficial de matéria orgânica e a aplicação de adubos, especialmente de fósforo e cálcio, para uma atividade dirigida de microrganismos.
As vantagens da bioestrutura são: a infiltração rápida de água, a circulação de ar e a penetração fácil de raízes no solo. Quando não é protegida por uma camada protetora, seja ela de restos orgânicos ou de uma vegetação que “cobre”o solo, a bioestrutura é destruída pelo impacto das chuvas. Formam-se crostas superficiais e adensamentos subsuperficiais que impedem a penetração de ar, água e raízes. Consequentemente ocorre uma quebra drástica da colheita, causada pela absorção deficiente de nutrientes, um metabolismo muito vagaroso e a falta de água.
A conservação da grumosidade e com isso da produtividade do solo se faz com:
- A incorporação superficial dos restos orgânicos junto com uma adubação;
- A proteção da superfície do solo contra o impacto das chuvas, seja por uma cobertura morta, seja por um espaçamento menor da cultura, por uma cultura consorciada ou por uma “cultura protetora” que é intercalada;
- Uma adubação completa e equilibrada com macro e micronutrientes para conseguir o mais rapidamente possível o “fechamento” do solo;
- Uma vegetação herbácea perene (pastagens).
A laje se forma pela chuva, na terra nua. É água turva que entra e vai decantando, porque como é turva perde a velocidade de infiltração e se começa a preencher os primeiros poros, depois a água não passa mais e vai edificando a laje por cima.