Filhos um pouco maiores, Ana e Artur passam a lecionar na Universidade de Santa Maria. Ana fazia pesquisa, dava aula sobre produtividade de solos, deficiências minerais, agrostologia e dirigia o laboratório de biologia e análise de solos. Além dessas atribuições, desenvolveu um projeto de transformar a dinâmica da vida do solo em desenho animado de longa-metragem, o primeiro do mundo!
Nessa época também começou a escrever Manejo Ecológico do Solo, um livro que se transformaria num clássico da literatura agronômica.
Em 1974 ela e o marido voltam a morar em São Paulo. Ana estava com problemas no olho direito (inflamavam e doíam), afetados devido ao mau funcionamento da capela do laboratório e tentara vários tratamentos no RS, nenhum com resultado. Artur começa a prestar consultorias a outras firmas, apesar da dor que sentia na perna direita. Enquanto a saúde de Ana melhorava, a dele piorava a cada dia. O diagnóstico terrível desestruturou o casal: câncer na próstata, com metástases nos ossos, em estágio avançado. Ele morreu no dia 22 de agosto de 1977, deixando uma mulher arrasada. Como ela mesmo disse: “Não sabia se estava viva ou se era somente um espírito. Nada tinha mais graça para mim”.
Finalmente, comprou uma fazenda no interior de São Paulo para se dedicar à agricultura. Ela tentava dar um novo sentido à sua vida.