Dos cem estudantes matriculados, somente três eram mulheres, Annemarie uma delas.
Além da atração e curiosidade geradas na faculdade de engenharia agronômica, Annemarie começava a entrar em contato com uma agricultura que não recebia o nome de ecológica, mas que dava mais valor ao solo do que aos demais fatores. “Eu tinha um professor chamado Franz Sekera que ensinava justamente ecologia e era muito combatido. Ele nos mostrava o íntimo entrosamento entre o solo, as plantas e a micro-população que o compõe, e que as qualidades físicas e, indiretamente, as características químicas do solo são altamente dependentes da micro vida que o habita, dependendo esta, por sua vez, da vegetação e das condições do solo. Os outros todos trabalhavam com a planta e a química dessa planta, e ninguém dizia que o solo era o principal. E eu me encantei por esse tipo de agricultura e aí foi o começo”.