Autores e obras que fizeram parte da formação de Ana Primavesi como engenheira agrônoma
Seus trabalhos com manejo de pastagens naturais e cultivadas considerando a Sociologia vegetal (Pflanzensoziologie) marcaram Ana. A Obra prima foi Wiesen und Weiden (pastagens nativas e cultivadas), e Lehrbuch des Acker- und Pflanzenbaues (Manual de manejo de solo e plantas).
Um dos pais da microbiologia do solo. Principles of Soil Microbiology (1927); e Soil Microbiology (1952) foram sempre consultados e citados pelo casal Primavesi em suas publicações mais técnicas.
Estudioso da fisiologia vegetal, foi quem desvendou que as plantas absorviam compostos inorgânicos e não orgânicos, como se acreditava na época. É chamado de “o pai da agricultura química” por ter defendido o uso do composto NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).
A autora e Ana participaram juntas de alguns Encontros. Vandana é uma ativista importante na defesa dos direitos dos agricultores contra grandes empresas multinacionais que defendem o patenteamento de sementes.
Ana Primavesi tem as duas versões, em português e inglês. Carson foi bióloga marinha e escreveu diversos artigos e livros. Esta obra mostra como o uso dos agrotóxicos tinha efeitos nocivos ao ambiente. Referência na literatura agroecológica, tornou-se um clássico.
Nascido no Japão, formou-se em agronomia e veio para o Brasil, em 1953. Trabalhou na Bayer de 1959 a 1963, vendendo agrotóxicos, e
era o campeão de vendas da companhia. Das 9 mil toneladas produzidas, um terço, ou 3 mil toneladas, eram vendidas por ele. Trabalhava com metas a cumprir, e a receita dependia da cota que deveria ser vendida, não do que realmente era preciso ser usado. Com o tempo, Tsuzuki percebeu que os produtos que vendia não eram suficientes para acabar com as pragas, que ressurgiam incessantemente. Em 1968, apareceu a ferrugem do café e o governo obrigou os agricultores a usar cobre na plantação. “Vendi muito. Mas naquele tempo eu já sentia, percebia, que o agrotóxico não ia combater até o final as doenças e pragas, porque andando no campo a gente via cada vez mais insetos resistentes aos agrotóxicos. O acaricida não matava mais os ácaros e várias pragas que eu não conhecia apareciam. Muitas doenças não se curavam mais com fungicidas. E aí eu pensei que aquilo estava errado, que eu estava há muitos anos errado, vendendo agrotóxicos. Então, em um ano, liquidei todas as firmas e comecei a minha segunda vida, sem agrotóxicos, sem uma grama de agrotóxicos”.
(a história completa de Tsuzuki está na biografia de Ana Primavesi)
Um dos precursores da agricultura orgânica, Howard mostra a importância da matéria orgânica sobre o solo (Processo Indoor). Talvez o pioneiro científico da agricultura orgânica-ecológica, relacionando também saúde vegetal e humana.
Em processos orgânicos, foi observado que ocorriam algumas reações químicas das quais formavam-se novas substâncias a partir dos elementos que a originavam. A isso foi dado o nome de transmutação biológica. (Obs: essa reação é parecida com a que ocorre numa bomba atômica, com a diferença da quantidade de energia. Uma é extrema, a transmutação é baixa.)