Desde que existem as sementes hibridadas, não existe mais replantio. Após plantadas e colhidas, não servem mais e tem de se comprar outras sementes.
A semente de “paiol” não dá mais uma colheita boa. E os híbridos produzem-se em qualquer lugar da América Latina, às vezes em terras pobres mas super adubadas com NPK e com cultivos pesadamente defendidos por herbicidas e defensivos. A semente ainda não colhida já caruncha. E, por sua vez, tem de ser defendida. Os banhos de veneno se seguem.
As variedades hibridadas muitas vezes são pouco adaptadas aos nossos campos. Precisam de toda tecnologia moderna para mantê-las e fazê-las produzir. E isso custa caro. O lucro some.
Mas ainda existem variedades não hibridadas. Estas podem ser selecionadas para suas terras. Colhem-se as espigas maiores de milho, trigo, arroz, pés de feijão mais carregados e outros. Guardam-se, no mínimo, durante três meses, sem nenhum agrotóxico. O caruncho escolherá as sementes fracas para a sua alimentação, destruindo-as. Nas sementes adaptadas e bem nutridas ele não toca.
No início, haverá poucas sementes sobrando, mas com o tempo, aumentarão. As plantas adaptadas à sua terra darão boas colheitas com poucos adubos. Sobrará um lucro para você.
A terra sempre se modifica e, de vez em quando, você terá de trocar sua semente com os vizinhos. Sempre plantando a sua semente não dá certo.
Assim, surgirão muitas variedades. Para cada terra uma. Mas serão seguras e as colheitas serão boas. Os híbridos apareceram porque dão rendimento melhor em terras exauridas e estragadas.
Mas se pergunta: temos de plantar em terras erodidas, duras e cansadas?