Como o gado pasta

Primeiro o gado procura as plantas que mais gosta e as come. Quando termina, a outra vegetação já se tornou mais fibrosa e as vacas não gostam mais, então comem a rebrota e a segunda rebrota das plantas que já comeram pela primeira vez até que exterminam essas plantas.

As plantas fibrosas ele evita e estas florescem e se multiplicam livremente. O pasto “suja”… Agora vem o pecuarista e queima o pasto para limpá-lo. Morrem todas as plantas que se propagam por estolões e todas que não conseguem proteger o suficiente seu ponto vegetativo. O que sobra e se multiplica são capins fibrosos como barba-de-bode, cabelo de porco e semelhantes que se recuperam rapidamente depois do fogo e que já sementaram quando vem o próximo fogo. “Pasto nativo não presta”, dizem.

Mas pasto nativo é o melhor que podem oferecer ao gado, somente não podem deixar o gado selecionar e destruir as plantas boas, nem o dono pode fazer a limpeza pelo fogo.

O pasto não é orgânico quando se evita usar adubos químicos ou defensivos para matar os inços. O pasto é orgânico quando:

– é nativo
– possui uma vegetação a mais variada possível, incluindo 20% de leguminosas
– quando oferece sombra para o gado para descansar e ruminar
– quando existe um bebedor com água limpa num raio não maior do que 300 a 400 metros
– quando o pasto é manejado em rodízio
– e quando não se usam agroquímicos em pasto e gado