Sustentável é a estabilidade do ecossistema que permite a sua utilização permanente e contínua, mantendo solos e rios bem como a saúde vegetal, animal e humana. Por outro lado, “sustentado” ou autossustentado é a “low input agriculture”, ou seja, a agricultura orgânica familiar.
Nem tudo que é orgânico necessita ser ecológico, até pode ser anti ecológico e portanto não é sustentável. Ecológico é o trabalho dentro das interligações e relatividades da natureza. Modificando-se um fator, todo sistema se modifica.
A agricultura convencional modifica todos os equilíbrios provocando a decadência dos solos, a diminuição da água potável e provoca pragas e doenças nas culturas. Ela polui o solo, os cursos d’água até, inclusive, o mar, que está morrendo.
O solo é a base de toda a vida e as plantas são os únicos seres que conseguem transformar energia luminosa em energia química, que em forma fossilizada, atualmente é o sustento de nossa civilização. A agricultura convencional não foi introduzida para nutrir melhor os povos, mas para abrir a agricultura como mercado para a indústria. Causou muita miséria e está sendo subsidiada na Europa e EUA.
Como as variedades novas, geralmente híbridas ou transgênicas, somente foram criadas para resistir a elevadas dosagens de NPK e herbicidas de alta toxidez, não são sustentáveis porque não se adaptam mais aos solos e clima como antigamente. As variedades adaptadas ao solo e clima rendem mais. Em solos decaídos os híbridos são melhores quando usado junto todo pacote tecnológico. Para ser sustentável, os solos têm de ser zelados e considerados produtivos.
A agricultura orgânica-ecológica ou biodinâmica não destrói os solos e o meio ambiente. Ao contrário, os recupera porque assim produz mais e de modo mais seguro.