Graças à decadência dos solos e à criação de variedades de alta resposta a doses elevadas de adubos químicos, a adubação das culturas se torna cada vez mais necessária mas igualmente menos efetiva. A razão principal é a decadência física dos solos, ou seja, sua perda de macro poros com a consequente deficiência de ar e o desequilíbrio com os micronutrientes.
Com isso mudaram também as formas de adubos e os modos de aplicação. Primeiro todo adubo era finamente moído, aplicado a lanço e em forma pouco solúvel em água. Com a decadência dos solos e os novos rumos da genética vegetal, se usaram adubos hidrossolúveis ou com alta solubilidade em água. Como houve fixação rápida destes adubos, começou-se a granulá-los e como ainda se perdeu muito passou-se a peletizar os grânulos com gesso.
Este adubo primeiro foi posto na linha com a semente mas como atrasou a germinação, especialmente da soja e do feijão e em parte impediu a germinação, passou-se a colocar o adubo ao lado da semente, a 5 cm de distância ou abaixo da semente. Mas os adubos muito solúveis fizeram cada vez menos efeito e finalmente voltou-se a fórmulas onde somente uma parte é solúvel em água e outra em ácido cítrico, um ácido orgânico excretado pela raiz.
Verificado que a colocação do adubo na linha restringe o crescimento e expansão radicular e com isso torna as culturas mais suscetíveis à seca, voltou-se a aplicar o adubo à lanço e revolvê-lo com o solo. Porém em solo decadente onde falta ar, não há artifício capaz de levar a uma produção elevada e a uma eficiência do adubo, uma vez que quem tem que usá-lo é a raiz, e quem tem de metabolizá-lo é novamente a raiz.
Em clima temperado a colocação do adubo em linha ou ao lado da linha de plantio não causa muitos problemas, porque lá o solo é raso e o clima é frio, e os solos têm uma capacidade muito grande de “troca”, quer dizer, seu posto de abastecimento com nutrientes é grande.De qualquer maneira, a adubação química não dispensa a colocação da matéria orgânica para manter o solo vivo e arejado.