Agricultura Orgânica – sua importância social, econômica e ambiental

(…)

Uma pergunta persistente é: qual a base científica da Agricultura Orgânica? Francamente dito, somente a Agricultura Orgânica possui base científica enquanto a convencional somente possui pesquisas cientificamente executadas de fatores isolados. Mas base científica ela não possui.

Nós temos, como orientação básica, o atendimento das necessidades fisiológicas das plantas em determinado ambiente em concordância com os equilíbrios naturais. No ecossistema natural solo e clima oferecem exatamente o que as plantas necessitam nestas condições, ou as plantas estão perfeitamente adaptadas ao ambiente. Assim, todos os fatores se encontram no ótimo. Por isso a floresta tropical produz 5 vezes mais do que a temperada.

A Agricultura Convencional se gaba de conseguir super safras que a Agricultura Orgânica não alcança. Acredito que em clima tropical esta afirmativa está errônea porque as safras aumentam muito mais pela adição de matéria orgânica, recuperação da estrutura porosa do solo, seu sombreamento e sua proteção contra o impacto da chuva, do que aplicações de adubações extremas e defensivos.

Nossos solos possuem uma capacidade de troca reduzida e portanto podem ser desequilibrados por dosagens elevadas de NPK. E como todos os equilíbrios naturais são de caráter cíclico e portanto dinâmico, como o ciclo da água, do carbono, etc., cada intervenção nestes ciclos modifica e destrói o equilíbrio existente e consequentemente leva a um equilíbrio inferior.

Assim, por exemplo, a perda da porosidade da superfície do solo provoca erosão, inundações e em seguida a seca. OS RIOS ESTÃO QUASE SEM ÁGUA NAS ÉPOCAS SECAS E O NÍVEL FREÁTICO DO SOLO BAIXA até poder provocar a morte de florestas. Portanto a maximização duma colheita equivale à destruição do ciclo. E QUANDO SE TRATAR DE ÁREAS EXTENSAS COMO NO CASO DE PASTAGENS, CANA-DE-AÇÚCAR OU SOJA PODEM OCORRER ATÉ MUDANÇAS NO CLIMA.