O passo a passo da adubação verde

” A prática ensina que uma subsolagem em nada adianta se a terra não é mantida solta pelas raízes. Numa terra bruta o desenvolvimento radicular é mais lento do que em terra viva e fofa. Portanto o que em 6 semanas não está enraizado significa trabalho perdido.

Temos de plantar forçosamente culturas com um poderoso sistema radicular para progredir na obra de recuperação. Quando o lavrador pode dispensar durante um ano o campo em recuperação é aconselhável o seguinte:

– Picar os restos da colheita com grade de discos (não queimar) depois da colheita. Aplicar uma calagem de 800kg/ha. Duas semanas mais tarde arar e subsolar (o subsolador tem de ir sempre atrás do arado) e plantar em seguida mucuna ou qualquer feijão aconselhado para adubação verde. Quando em flor, picar a massa verde com uma grade de discos – com soja é mais fácil fazê-lo do que com mucuna; deixar a massa decompor misturada superficialmente com a terra, e 4 semanas depois arar de novo para plantar, por exemplo, batatinhas. Neste caso temos que fazer mais uma vez o exame com a pá. Quando o feijão estiver bem desenvolvido, pode-se fazer a aração 12/20 cm, isto é, 12 cm arados e mais 14 cm se subsolados. Depois fazer a plantação.

Recomenda-se em muitos países o plantio de batatinha junto com o de tremoço, ervilha, etc. Isso oferece uma enorme vantagem para o solo melhorar e o matinho diminuir, o que é muito útil para a batatinha, contando assim com uma boa colheita delas.

– Quando o agricultor não tem outro chão para plantar por exemplo o milho, trabalha o solo 8/15 cm, depois do mesmo trato antecedente. Planta milho e entre as linhas (não nas mesmas fileiras) duas carreiras bem densas de “feijão fradinho” ou soja. O feijão cresce junto com o milho, impedindo a proliferação de matinho e não prejudica de maneira nenhuma o milho. Depois corta-se o feijão com enxada ou carpideira deixando decompor a massa verde na superfície do solo.