Minerais na nutrição microbiana

A fertilidade não é a quantidade de sais minerais no solo, mas sim, a atividade microbiana do solo que torna os sais minerais disponíveis

Minerais na nutrição microbiana

Como nutrientes microrgânicos, são estritamente necessários potássio, magnésio, cálcio, ferro, cloro, molibdênio e silicatos. Sabemos que sem molibdênio as Azotobacter não podem fixar nitrogênio e o cobalto é o elemento que retarda a divisão celular.

O potássio existe em grandes quantidades na maioria das terras, tanto na forma orgânica como na de silicatos zeolíticos e não zeolíticos. É aplicado no solo em forma de sais hidrossolúveis como sulfato, cloreto, carbonato e fosfato como estrume, e em forma de outros compostos orgânicos. Os bacilos contém, geralmente, entre 4 a 25% de potássio na sua cinza, enquanto nos fungos aparecem entre 8,7% a 39,5%.

A atividade microbiana aumenta, consideravelmente, a disponibilidade deste nutriente na terra, o que prova, por exemplo, o “mulch system”. Potássio é responsável pelo inchamento do plasma, quer dizer, pela pressão intracelular e como catalisador, toma parte decisiva na sintetização de açúcar. Não pode ser substituído por outro elemento na dieta microbiana. O potássio é deslocado no solo pelo cálcio e magnésio e desloca o sódio. A concentração do potássio disponível é, portanto, controlada:

  • Pela concentração total do elemento
  • Pela forma em que se acha presente
  • Pelo grau de saturação dos zeólitos (complexos troca-adsorção)
  • Pelo pH
  • Pela quantidade de humo existente
  • Pela atividade dos microrganismos no solo
  • Pela umidade do solo

A fertilidade não é empregada para a quantidade de sais minerais no solo, mas sim, pela atividade microbiana do solo que torna os sais minerais disponíveis:

Na (sódio) – É normalmente pouco usado pelos microrganismos, sendo somente necessário para as bactérias halófilas, fluorescentes, que existem em terras salina. Muitas bactérias, especialmente as que podem formar esporos, são “halotolerantes”, quer dizer, toleram sal. O sódio não pode ser substituído na vida das bactérias halófilas.

Mg (magnésio)  – Perfaz somente 1% das cinzas de bactérias, porém é necessário, tanto para a formação de substâncias corantes que contém magnésio como para as que não o contém. É um fator importante na carboxilase. Em concentração maior, é bastante venenoso devido à mobilização dos coloides celulares, mas este efeito pode ser neutralizado pelo cálcio.

Ca (cálcio) – Parece não ser necessário como nutriente microbiano mas sim como antagonista de outros íons em excesso.

Cl (cloro) – É somente importante em sua ligação ao sódio, como NaCl.

Mn (manganês) – É também catalisador e pode substituir algumas qualidades do ferro no sistema das enzimas respiratórias.

Mo e B (molibdênio e boro) – São necessários para as bactérias simbiontes que fixam N.