Desde que o ser humano viveu em cidades ele perdeu gradativamente a ligação com a natureza, com Deus, com a religião e com a moral. O trato respeitoso da natureza e do meio ambiente está intimamente ligado à fé em Deus. Onde não se maneja, mas somente se explora, não existe mais respeito. No capitalismo toda atividade é orientada para o lucro; até o ser humano é considerado apenas um “recurso”, um meio de produção. Terminou o respeito por tudo. Só não terminou o respeito pelo dinheiro. Nem há mais respeito pela vida como mostra a engenharia genética humana.
Graças ao consumismo e à estratificação profissional, o patriotismo acabou faz tempo e é tachado de cafona e quadrado. Os países e sua natureza se tornam apenas objetos de exploração. Destrói-se o solo, a água, a floresta, o ar… a natureza toda. Os países do Norte aconselham os do Sul como conservar seus ambientes, enquanto eles próprios os destroem ao seu redor. Esquecem-se de considerar que não vivemos apenas na ecosfera mas vivemos Da ecosfera.
O ser humano, por enquanto, recebe água, ar e alimentação da Ecosfera através da agricultura. Mesmo havendo governos que “não queiram deixar destruir sua economia pela agricultura”, o ramo menos lucrativo da economia, esta, em sua maior parte, depende direta ou indiretamente da agricultura e todos os seres humanos, sem exceção, mantém-se pelos alimentos.
Nos países tecnicamente mais avançados, também na agricultura trabalham máquinas em lugar dos homens e nas fábricas estes já estão sendo eliminados, substituídos pela automatização, pelos computadores e robôs. Mas enquanto existirem seres humanos, a ecosfera, de qualquer maneira, será seu espaço vital, mesmo entre o asfalto e concreto das cidades, por advirem da ecosfera sua comida, ar e água.
Ecosfera-tecnosfera-agricultura não devem entrar em choque mas podem e devem harmonizar-se para poderem continuar a proporcionar a vida ao ser humano. Somente o lucro e o crescimento econômico não sustentam a vida. Necessita-se de alimentos, ar e água. A tecnosfera não impede a fome, o aumento explosivo da miséria e a crise econômica.