Como regra geral, os solos onde se encontram cupins são solos compactados. Em solos floculados nunca aparecem. Os cupins se instalam exatamente nesse tipo de ambiente porque sabem que nenhuma chuva vai fazer desmoronar os túneis que constroem subterraneamente. E isso porque os solos não têm fofura, são duros, com lajes.
Os cupins constituem uma praga horrível em pastos nativos de todo o Brasil. Na literatura internacional, encontram-se referências concernentes aos cupins como sendo as “minhocas” de solos ácidos tropicais”. Constatou-se que eles são habitantes de solos pobres, compactos e ácidos, e que formam agregados aglomerados de argila e matéria orgânica, não resistentes à água, que pelas minhocas são transformados em agregados maiores, homogêneos argilo-humosos, estáveis à água.
Em presença de matéria orgânica ou húmus, os cupins afrouxam o solo, formando pequenos agregados de 1 mm por aglomeração da fase mineral e orgânica, instáveis à ação da água. Misturam o solo com pouca intensidade e desaparecem quando o solo se torna floculado, sendo seguidos por colêmbolos, Hypogastrura e minhocas. Em solos sem húmus, são permanentes.
Em termos de comparação, as minhocas são próprias de solos floculados, com pH ao redor de neutro e mais ou menos ricos. Aqui promovem a mistura íntima de matéria orgânica com a fase mineral formando agregados homogêneos humo-argilosos de 1,5 a 3 mm de diâmetro. São resistentes à ação da água e não ocorrem em solos pobres e compactados.
Ambos (minhocas e cupins) mobilizam nutrientes, especialmente K e NO3, mas também Ca e P. Devem ser considerados dentro da sucessão biológica, que sempre deverá ocorrer quando o solo não for empobrecido em matéria orgânica.