A nutrição vegetal equilibrada

Deve ficar bem claro que a planta não se forma da semente. A planta se forma dos minerais e da água que retira do solo e do carbono que capta do ar. A semente somente é o código segundo o qual a planta se formará. Este código pode ser mudado, o que é feito pela engenharia genética, mas o efeito de sua modificação ou mutação depende do solo e do que ele tem a oferecer.

Os sintomas de fome nas plantas muitas vezes se confundem com sintomas de doenças vegetais. “Não há doença vegetal sem prévia deficiência mineral”.

As plantas possuem sua linguagem, podendo mostrar o que está faltando. São estes sintomas carências. As carências podem ser “subcarências”, ou seja, não aparecem os sintomas mas já baixam as colheitas. Assim, a deficiência de cobre no trigo pode baixar a produção à metade sem que apareça sintoma algum.

Na nutrição vegetal, existem três possibilidades:

  • A planta necessita muito de um nutriente e possui uma grande capacidade de mobilização. Assim, as solanáceas, como tomate, fumo ou batatinha, precisam de muito cloro, que mobilizam e absorvem eficientemente, não existindo absorção seletiva para este elemento. Portanto, não gostam de adubos clorados como cloreto de potássio, porque não suportam mais cloro.
  • A planta necessita muito de um nutriente mas o mobiliza pouco. Portanto precisa de adubo, que o oferece em quantidade abundante, por exemplo, a beterraba, o boro.
  • A planta necessita pouco de um nutriente e consegue produzir bem mesmo com quantidades que, para outras, seriam insuficientes. Mas estas plantas também são mais pobres em substâncias vegetais, como por exemplo o milho híbrido em proteínas.

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