A conservação de grãos depende de sua nutrição, ou seja, da possibilidade de formarem o suficiente em proteínas, a época da colheita, a umidade e as medidas de conservação.
Grãos mal nutridos somente agrotóxicos conservam. Grãos bem nutridos, pesados, vítreos, são de fácil conservação.
Milho em espiga, guardado no paiol
Misturam-se ramos e folhas de eucalipto entre as espigas. Para cada camada de 30 a 40 cm de espigas , um acamada de ramos e folhas de eucalipto. Conservam-se durante 6 a 8 meses sem carunchar.
Milho e feijão em grão:
Misturam-se entre os grãos folhas de louro e dentes de alho. O feijão se conserva melhor quando não foi limpo após a trilha e quando for guardado com terra e cisco.
Feijão em grão
No nordeste usam-se as folhas do mameleiro, que são de diversos arbustos do gênero Croton, como sangue-de-dragão, velame-do-campo e semelhantes. Coloca-se uma camada de folhas e outra de feijão. Quando o saco estiver cheio, cobre-se o feijão com uma camada mais grossa de folhas e costura-o.
Como o Crotin, substância ativa do mameleiro, é muito parecido com o Ricin, substância ativa da mamona, é possível que a mamona tenha efeito idêntico de insetífugo. Aliás é comum plantar mamona ao redor das casas para espantar insetos.
Antigamente usou-se a consorciação com mameleiros para insetífugo nas lavouras.
Outro método é o de usar uma lasca de casca de imburana-de-cheiro (Torresea), também conhecida como cumaru, pondo-a no meio do saco de feijão. A casca deve estar bem seca.
Ambos os métodos conservam o feijão durante 8-9 meses sem carunchar. É vantajoso colocar algumas cascas de cumaru entre os sacos empilhados.
Para a dona de casa, pode-se usar o seguinte método: Enche-se uma lata de 20kg com feijão e coloca-se dentro uma vasilha com álcool que se acende. Enquanto o álcool queima, fecha-se a lata hermeticamente. Todo o ar é queimado e o feijão se conserva.