A deficiência em boro é, segundo a variedade da bananeira, mais ou menos pronunciada, A banana-maçã é especialmente muito intolerante a esta deficiência.
A falta de boro se dá principalmente em bananais que são plantados em terrenos secos, muito ácidos, com nível freático muito baixo. Como a banana é planta que precisa de muita água, é excepcionalmente sensível à falta desse elemento e por isso facilmente sobre a falta de boro, elemento intimamente relacionado com a umidade da terra.
O primeiro sintoma é uma clorose moderada das folhas mais novas, que permanecem muito tempo enroladas. Geralmente essas folhas não abrem mais normalmente, ficando deformadas e aleijadas. As folhas velhas partem-se na ponta, ficando a nervura saliente.
O crescimento da bananeira é sensivelmente diminuído e, assim, um pé de três anos pode aparecer como se tivesse 6 meses de idade. Esses pés nunca soltam cachos.
Quando a deficiência é muito leve e um cacho vinga, ele é sempre muito pequeno por causa da esterilidade das flores. Em regra, só podem ser formados cachos quando os pés já estão perfeitamente desenvolvidos, no momento em que a deficiência se torna aguda. As frutas apresentam uma polpa cheia de manchas marrons, mortas, duras e secas, o que nada mais é o “cork” interno. Elas nunca atingem bom tamanho e tem um gosto amarguento. Assim, a deficiência em boro torna a produção escassa ou nula.
Porém, a deficiência mais temida por todos os bananicultores é a de zinco. Muitos bananais já tiveram de ser abandonados por causa desta deficiência que está devastando as culturas nacionais, especialmente as feitas em solos leves e ácidos, de onde esse elemento foi completamente lavado. Também a banana-maçã é a variedade mais suscetível a esta deficiência.
Os primeiros sintomas são uma clorose leve entre as nervuras, bem como uma fita vermelha muito estreita, nas margens das folhas mais velhas. Neste ponto, as folhas dobram-se. Segue-se então rapidamente uma clorose mais pronunciada, com a necrose do tecido que assume uma cor marrom-escuro e até mesmo preta.
Quando a clorose está começando, a ponta da folha morre em poucos dias, sendo a área morta sempre bordada duma fita estreita dourada de cor muito viva. Aparecem também pontinhos dourados no tecido clorótico. As folhas atacadas são fortemente rasgadas porque o tecido colapsa depressa, não resistindo mais ao vento.
As partes do tecido caem e neste estado dá-se sempre um ataque secundário fungiano. As folhas ficam cheias de pontinhos pretos que provocam em poucas horas a sua morte total. As folhas mortas ficam penduradas no pé. Manchas com descoloração preta aparecem no tronco, enquanto os caules apresentam uma cor rósea pronunciada. A folha mais nova permanece enrolada, morrendo também, da ponta e base para a parte média, quando as demais partes do pé já estão mortas.
As bananeiras atacadas não soltam cacho, morrendo sempre em pouco tempo. O tronco cortado transversalmente apresenta umas manchas marrons, não muito acentuadas.
Por fim, uma pulverização das bananeiras deve ser feita com a seguinte mistura:
- 100 litros de água
- 1 kg de cálcio hidratado
- 140 g de sulfato de zinco
- 150 g de sulfato de manganês
- 5 gramas de bórax
Aconselha-se esta mistura porque uma aplicação unilateral facilmente desequilibrará o balanço entre os demais elementos raros. Quando se aduba a terra antes de plantar as bananeiras, convém fazer primeiro uma calagem de 800 kg/ha, podendo-se depois distribuir com a água da irrigação, em volta da cova, a seguinte mistura:
- 3 g de bórax
- 10 g de sulfato de zinco
- 10 g de sulfato de manganês
- 15 g de sulfato d cobre
Quando os pés novos sofrem esta deficiência, o tronco assume uma descoloração preta, enquanto a casca se fendilha. As folhas morrem tão depressa que nem há tempo para se rasgarem. O típico é, também aqui, a fita dourada nas beiras das áreas necróticas, partes as quis as raízes também ficam cheias. Nesta deficiência, é importantíssimo cuidar de uma irrigação conveniente ou de um “munch” de 40 cm de altura em volta do pé para sombrear o solo.